sábado, 16 de janeiro de 2016

Poema de Adriel Vargas (sem título)

Enlatadas. Mentes e corpos
Inchadas. Juntas e desejos
Anseio o fim do dia
No bocejo em que inicia.

No trem, em pé, o trabalhador dorme
Crítica consciente, nele espera-se
Que assim se forme

Precário. Trabalho. Salário.
Rotina de vida de um não presidiário
Preso no rotineiro processo da lida
De render bons lucros ao nobre empresário

Liberdade assistida. Assistência garantida
Pela labuta sofrida. História de vida.
Não contada nem pensada
Apenas fluída. Esquecida. Contida
No pão nosso de cada dia, nos dai hoje
Agora e até a hora
De nossa morte. Talvez tenhamos sorte
Aos domingos esporte
A poltrona e o chima
Na segunda voltamos à lida
No sábado voltamos à rima.


Nenhum comentário:

Postar um comentário