quarta-feira, 9 de março de 2016

Poema metalinguístico

escrevo um verso
minha sina
depois completo
com a rima

escrevo
outra
estrofe

depois
outra

e a contagem silábica
deixo solta

a métrica
deixo pra lá
o que interessa
é rimar

os versos são curtos
mas caguei
quem prolonga demais perde o tempo da rima tornando a coisa bem chata pra quem lê

fiz menção aos dejetos
eu sei
minha poesia
não tem polidez

escrevo ao contrário
"a rima"
e ela se torna
"a mira"

aproveito o ensejo
e aponto
na mira vejo
a fachada de um banco


(Erick Amancio)

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